quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Guerra religiosa





Nestes últimos dias, a propósito de uma decisão do tribunal europeu dos direitos do homem, recomeçou, em Portugal, uma guerra antiga contra os crucifixos nas escolas públicas.
Este laicismo militante (sobretudo em relação á igreja católica) em que a Europa teima em participar não cessa de me inquietar.
Alguém duvida que as raizes da Europa e de Portugal estão profundamente ligadas ao Cristianismo?
A separação entre estado e igreja é hoje, em Portugal e na Europa, um facto absolutamente consolidado. É preciso continuar atento para que esta (e outras) separações de poderes e influências sejam mantidas e asseguradas? Sem dúvida!!
Agora fazer da igreja católica o alvo de perseguição permanente e lutar constantemente contra tradições católicas que vêm de longe e que, para além de alguns "intelectuais" recalcados, na realidade não chocam ninguém, parece-me realmente que começámos a exagerar fortemente na nossa ambição desvairada de ser "politicamente correctos".
Sou plenamente a favor que qualquer familia que sinta, que o facto de o seu filho frequentar uma escola publica onde estão afixados crucifixos, a ofende nas suas crenças, peça para que o crucifixo seja retirado e a escola devrá aceder ao pedido. Mas isto sem perseguições, sem escândalos e sem aproveitamento mediático, que infelizmente muitas vezes acontece.
Isto sim parece-me ser a definição correcta de tolerância, que não é de todo incompatível com o respeito por tradições há muito enraizadas na nossa sociedade e que não ofendem ninguém

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